A vacinação é uma medida altamente eficaz para prevenir a Herpes Zóster e suas complicações. As vacinas disponíveis apresentam alta eficácia na prevenção da doença, podendo reduzir tanto a incidência quanto a gravidade dos sintomas. Geralmente administrada em duas doses, com um intervalo recomendado entre elas, a vacina contra Herpes Zóster é indicada para pessoas com mais de 50 anos, embora também possa ser aplicada em indivíduos mais jovens com risco aumentado.
A vacina é composta por uma glicoproteína E recombinante derivada do vírus varicela-zóster, em conjunto com o adjuvante AS01, e possui como excipientes sacarose, polisorbato 80, fosfato de sódio monobásico di-hidratado e fosfato de potássio dibásico, além de água para injetáveis.
A indicação da vacina abrange indivíduos com 50 anos ou mais, assim como pessoas imunocomprometidas ou aquelas com risco aumentado para herpes-zóster a partir dos 18 anos de idade. Entretanto, é importante ressaltar a contraindicação para aqueles com histórico de hipersensibilidade grave aos componentes da fórmula ou à dose anterior da vacina.
O esquema de doses requer a administração de duas aplicações, com um intervalo de dois meses entre elas, sendo realizada por via intramuscular.
Durante todo o processo de vacinação, são necessárias precauções especiais, especialmente para imunocomprometidos. Por exemplo, no caso de transplantados de medula óssea, a vacinação pode começar de seis a 12 meses após o transplante, enquanto para pacientes em tratamento com anticorpos monoclonais, a vacina deve ser iniciada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do anticorpo.
Vale ressaltar que não há experiência com a vacina em gestantes e lactantes, portanto, sua utilização não é rotineiramente recomendada para esses grupos, apesar de não apresentar riscos teóricos. Além disso, a vacina inativada não interfere na resposta vacinal quando administrada simultaneamente com outras vacinas, como as contra influenza, pneumocócicas e tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa).
No que diz respeito aos efeitos adversos, os mais comuns incluem dor no local da injeção, mialgia, fadiga e cefaleia, geralmente de intensidade leve a moderada e com duração de até dois ou três dias. Em imunocomprometidos a partir dos 18 anos, o perfil de segurança foi semelhante ao observado em adultos com 50 anos ou mais sem imunocomprometimento.