A coqueluche, conhecida também como pertussis, é uma infecção bacteriana das vias respiratórias causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença provoca ataques intensos e repetitivos de tosse, podendo persistir por semanas e levar a complicações graves, sobretudo em crianças pequenas e bebês. Embora o controle da coqueluche tenha sido fortemente impulsionado pela vacinação ao longo das últimas décadas, 2024 trouxe um aumento expressivo de casos no Brasil, o que destaca a necessidade de atenção redobrada. Este artigo explora as razões por trás desse crescimento, as complicações da coqueluche, os grupos prioritários para a vacinação, formas de prevenção e orientações essenciais para manter a saúde da população.
Em 2024, São Paulo e outras regiões do Brasil registraram um crescimento alarmante nos casos de coqueluche, com a capital paulista contabilizando quatro vezes mais ocorrências do que em 2023 (AGÊNCIA BRASIL, 2024). O aumento se reflete também em estados como Santa Catarina, onde a doença foi fatal em dois casos este ano (ENGEPLUS, 2024). Especialistas acreditam que múltiplos fatores, incluindo a queda nas taxas de vacinação devido à pandemia e possíveis adaptações da bactéria, estão contribuindo para o crescimento da infecção. Dada essa nova onda de contaminação, manter o calendário vacinal atualizado e reforçar a conscientização são passos cruciais para controlar a disseminação da coqueluche.
A coqueluche pode gerar complicações graves, sendo potencialmente fatal para bebês e crianças menores de um ano. A infecção é responsável por hospitalizações, com o risco aumentado de problemas como pneumonia, convulsões e, em casos severos, insuficiência respiratória (CONASS, 2024). A coqueluche também afeta adultos e adolescentes, embora os sintomas sejam mais leves nesses grupos. Ainda assim, as crises de tosse intensas podem impactar a saúde geral e causar desconforto prolongado. Em populações vulneráveis, como bebês que ainda não completaram o esquema vacinal, a doença é especialmente perigosa. A prevenção, principalmente em bebês e gestantes, torna-se vital para reduzir as complicações e os impactos severos da doença.
A vacinação é a principal forma de controle da coqueluche e compõe o calendário básico de imunização no Brasil. A vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, deve ser aplicada nas crianças aos 2, 4 e 6 meses, com reforços recomendados aos 15 meses e entre 4 e 6 anos (CONASS, 2024). É também recomendada uma dose de reforço para adolescentes e adultos, em especial para aqueles que convivem com bebês ou trabalham no setor de saúde, reduzindo assim o risco de transmissão. As gestantes devem receber a vacina contra coqueluche a partir do terceiro trimestre de gravidez, pois isso ajuda a proteger o recém-nascido até que ele complete o esquema de vacinação inicial.
Além da vacinação, é fundamental que a doença seja detectada e tratada rapidamente para evitar que se propague, especialmente em grupos de risco (EDUCADORA, 2024). A vacinação ampla, as campanhas de conscientização e o diagnóstico precoce são estratégias essenciais para prevenir surtos e proteger as populações mais vulneráveis. O acesso facilitado à vacina, somado ao conhecimento dos sintomas e do tratamento adequado, são formas de combater o avanço da coqueluche no Brasil.
O aumento significativo dos casos de coqueluche no Brasil em 2024 demonstra o papel crucial da vacinação e da conscientização contínua sobre os riscos da doença. Manter o esquema vacinal completo, especialmente para bebês, crianças e gestantes, é fundamental para conter o avanço da pertussis. Adultos que convivem com bebês e profissionais de saúde também precisam se vacinar para evitar o contágio de indivíduos mais suscetíveis. O monitoramento constante, juntamente com a vacinação em massa, é essencial para que a coqueluche seja controlada e a saúde pública, assegurada.
Todas as informações redigidas neste artigo, possuem as seguintes referências:
AGÊNCIA BRASIL. São Paulo já tem quatro vezes mais casos de coqueluche que em 2023. 2024. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-05/sao-paulo-ja-tem-quatro-vezes-mais-casos-de-coqueluche-que-em-2023. Acesso em: 1 nov. 2024.
CONASS. Vacinação é a principal forma de prevenção à coqueluche. 2024. Disponível em: https://www.conass.org.br/vacinacao-e-a-principal-forma-de-prevencao-a-coqueluche/. Acesso em: 1 nov. 2024.
EDUCADORA. Coqueluche: Santa Catarina registrou duas mortes em 2024. 2024. Disponível em: https://engeplus.com.br/noticia/saude/209458/coqueluche-santa-catarina-registrou-duas-mortes-em-2024. Acesso em: 1 nov. 2024.
NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Coqueluche: saiba o que é a doença que voltou a preocupar o mundo. 2024. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/07/coqueluche-saiba-o-que-e-a-doenca-que-voltou-a-preocupar-o-mundo. Acesso em: 1 nov. 2024.
ENGEPLUS. Coqueluche: Santa Catarina registrou duas mortes em 2024. 2024. Disponível em: https://engeplus.com.br/noticia/saude/209458/coqueluche-santa-catarina-registrou-duas-mortes-em-2024. Acesso em: 1 nov. 2024.